segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Exemplo de vida no Municipal

  Pode ser batido, chavão, repetitivo, mas é sempre bom citar os bons exemplos de vida, as vitórias conquistadas por outros e que nos incentivam a tentar também, a arriscar mais, ter garra, etc...
  Assim, quero contar que tive a felicidade de ser mestre de cerimônias, na última sexta-feira, do Rock In Apape - Associação Associação de Pais e Amigos de Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais, no Teatro Municipal Camillo Fernandes Dinucci. A energia do ambiente era contagiante. Apesar de outros importantes eventos estarem acontecendo em Botucatu, muita gente compareceu.
  Foi muito boa a apresentação da banda Cuesta Road 300, que empolgou o público em cada música apresentada. Também foram muito aplaudidos os dançarinos da Vice Versa. Mas o ponto alto foi outro.
  E aí veio o momento mais esperado. O ponto alto da noite. O exemplo. A apresentação de dança de Duda, portador de necessidades especiais (não tem os membros inferiores e superiores), junto com sua professora e colega de palco Jack. 
  Duda além de tudo é um realizador. Cursa serviço social na faculdade, dança, pinta, toca teclado... Volta e meia o vejo passeando sozinho pelas ruas, com sua cadeira de rodas elétrica, guiada pelo pequeno e ágil pé esquerdo. Vejo o Duda sorrindo... Ele também desperta sorrisos. O único fato lamentado da noite foi sua retirada precoce do palco. Duda ainda tinha mais uma apresentação naquela noite, em outro local.
  Eu até gostaria de ser mais preciso e narrar detalhes disso tudo. Mas só mesmo vendo. Por isso, eu recomendo, como arte e como aprendizado.
  E vamos aprendendo...
 
*Stéfano Garzezi Cassetari

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Sobre a merda que é emagrecer

  Emagrecer é uma merda. E os puritanos que me perdoem pelo palavreado. Mas é isso mesmo. Para começar, é preciso mudar os hábitos alimentares. Comer mais saladas e legumes. Deixar de lado aquela gordurinha gostosa da picanha... Além de praticar exercícios físicos ao menos três vezes por semana, depois de passar por uma bateria de exames, incluindo o de sangue e os vários no cardiologista. E ainda teve a avaliação física da academia e o exame médico para utilizar a piscina do clube.
  Mas pior que tudo isso, é você perder míseras gramas por semana e quando passa correndo pela Avenida Dr. Vital Brazil, suando, pensando muito sobre o que está fazendo ali naquele momento, ver seus amigos bebendo no bares e restaurantes da redondeza (Bar do Português, Salomé e Mão na Roda). E o negócio é encontrar pique para aumentar a passada e não ceder a essas tentações.
  Mas meus queridos, entendam que o que vou escrever agora não é com raiva, mas é com indignação, decepção e humor ácido. É uma merda constatar que você perdeu 10 kg em 10 meses (façam as contas da média...) e quando as pessoas te encontram, a reação é devastadora para a auto-estima:
  _“Nossa, o que está acontecendo? Você está bem? O que te aconteceu para emagrecer tão rápido e do nada?”.
  E tem piores:
 _”Você está doente? O   que você tem?”
  Não minha gente, eu não tenho AIDS, eu não tenho câncer e nem diabetes. Eu não respondo isso nunca, mas a vontade é essa. Ou então seria legal eu ir logo dizendo que tenho uma dessas doenças e causar o maior furdúncio. Pelo menos quem sabe param de querer achar que minha boa saúde é uma doença.
  Quando eu estava acima do peso tinha dores ainda mais intensas nos joelhos, nas costas, além de pressão alta e colesterol alto. Tudo isso se ou se resolveu ou ao menos melhorou. Mas acham que agora estou doente...
  Pois é, com toda essa gente bacana, já comecei a engordar de novo...!!! Já ganhei mais 3 kg... E quando eu engordar tudo de novo, vão me chamar de gordo!!!!
  E que deus salve os fofoqueiros e deselegantes. Eu ainda vou escolher se prefiro as reclamações por eu ser gordo ou as fofocas por eu estar magro.
  *Stéfano Garzezi Cassetari