segunda-feira, 16 de abril de 2012

Jaú cria Departamento para preservar Patrimônio Histórico

   Repórter: NADIA PRISCILA DE CHICO
O Departamento de Preservação do Patrimônio Histórico de Jaú(SP),criado há três meses, desenvolve estudos para levantamentos, coletas de dados e informações de bens históricos da cidade, como fotos, documentos antigos, e casarões.
Segundo o assessor do departamento de preservação do patrimônio histórico, Fernando Figueiredo, o objetivo principal é preservar tudo o que produza cultura para a cidade.
Já o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, que foi criando junto com o Departamento, será formado por pessoas da sociedade civil e do poder público.
" Não existem nomes definidos ainda, para decidirem de uma forma democrática o que tem ser preservado, o porque ser preservado, que incentivos terão que dar ao bem preservado e a maneira de preservar", informa Figueiredo.
Segundo ele, antes de ser criado o Departamento, quem cuidava do Patrimônio Histórico da cidade, eram algumas pessoas da Secretaria de Obras e outras da Secretaria da Educação, que não tinham uma forma esquematizada para administrar os bens.
Para a moradora Maria Luciana de Freitas, que sempre residiu em Jaú, é ótimo existir este Departamento para que a história da cidade não seja esquecida.
"Desde que seja bem estruturado e que as pessoas que administram tiverem coerência dentro do Conselho do Departamento é louvável esta iniciativa",diz .

Sobre os casarões: Botucatu está perdendo seus cartões postais

   Recentemente fui entrevistado pelo programa Informe Cidade, em especial sobre o aniversário de Botucatu, que foi ao ar pela TV Alpha e TV Serrana. Um dos assuntos que fiz questão de abordar refere-se ao fato de Botucatu estar crescendo, se desenvolvendo, sem perder o jeitinho de cidade pequena, de interior, sem perder a beleza das ruas do centro, pois  além das belezas naturais da cidade, chama a atenção a quantidade de prédios antigos, com arquitetura realmente muito bonita, sem exagero nenhum.
   Muitas de nossas ruas centrais ainda tem casarões antigos que são marca registrada, são cartões postais espalhados pela cidade. Porém, a cada dia que passa, mais um casarão é derrubado para dar lugar a um prédio mais moderno. Não poupam ao menos a fachada.
   Como eu já disse no Informe Cidade e também costumo comentar em outras ocasiões, conheço muito do interior do Estado de São Paulo, além de outros estados e Botucatu é muito mais bonita que qualquer outra localidade. E sei que infelizmente nem todos enxergam isso.
   Ao menos por enquanto Botucatu ainda é mais bonita... Mas se não for tomada nenhuma atitude, teremos uma cidade maior, só que não mais com tantos atrativos.
   Além da beleza, existe aqui uma outra questão: preservar a história! Como argumento, usarei um texto que fiz para uma peça publicitária recentemente: “Conhecer nossa história é importante para planejar um futuro melhor. Entender ações e conhecer suas causas é fundamental para realizar melhor. Mas para tudo isso valer a pena, é necessário ter um motivo nobre:  juntos, vamos fazer cada vez melhor pela cidade dos nossos filhos e netos”.
   Sem contar que Botucatu sonha em ser uma cidade turística, uma vez que temos o potencial turístico, mas não temos ainda a capacidade de atrair os visitantes como um setor realmente forte. E também não temos ainda toda estrutura receptiva necessária. Mas sem nossos casarões espalhados pelo centro da cidade, vai ficar ainda mais difícil garantir atrativos e diferenciais.
   Devido a problemas pessoais, no mês passado não pude participar de uma reunião com arquitetos onde o assunto seria abordado. Sugiro a criação de uma comissão que faça um trabalho de conscientização através da imprensa e também que esse grupo se reúna com o prefeito João Cury Neto para sensibilizá-lo no sentido de criar meios visando preservar esses prédios.
   É isso.
·         Stéfano Garzezi Cassetari

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Ainda sobre os 100 anos da EECA

     “Expoente par sempre positivo, expoente ímpar sinal da base! Expoente par sempre positivo, expoente ímpar sinal da base! Expoente par sempre positivo, expoente ímpar sinal da base!...”. A frase gritada durante vários minutos seguidos, por todos os alunos em plena sala de aula na EECA, ecoava também pelos corredores e chamava a atenção na escola. Como não lembrar de algo tão inusitado?        
     Como não lembrar que o responsável por isso era o professor Moacir Godinho? E como não reconhecer que assim aprendi tanto sobre matemática e nunca esqueci desses ensinamentos?
Eu, que nunca tive competência para desenhar, tive no professor Benedito Vinício Aloise, além de um grande mestre, e exemplo de vida, a figura de alguém que me proporcionou pela única vez na vida sentir-me capaz de fazer desenhos que traziam prazer e sensação de realização pessoal.
     Impossível esquecer também da professora Maria Godinho... Além das lições de sala de aula, deu conselhos de vida que eu carregaria sempre com tanto carinho.
     Sem contar com os exemplos de casa, com pais e irmãos que sempre tiveram forte ligação com a leitura e a escrita, a professora Adelaide foi fundamental na minha definição pelos caminhos profissionais que eu escolheria futuramente, sempre ligado à área de comunicação.
     Nas aulas de educação física com o Zé Galinha, o Zé Varoli, o Chicão, pude praticar as atividades físicas e esportes que sempre tanto gostei.
     Enfim, muitos outros professores marcaram minha vida, sem contar os inúmeros amigos que fiz e felizmente muitos ainda fazem parte da minha vida.
     Outra recordação dessa escola que no ano passado completou 100 anos, envolve a magia que havia em torno do laboratório de ciências... Lá ficava o “Serafim”, nome carinhoso dado a um esqueleto humano. Fiquei ansioso durante muito tempo, até chegar na idade de poder frequentar o laboratório e “conhecer” o nosso “Serafim”. Surgiam histórias e mais histórias, quasee todas inventadas pelos mais velhos, sobre a origem daquele objeto de estudos. Mas isso não importa mais hoje.
      O que realmente importante e faz sentido são as lembranças de cada um sobre esse lugar mágico que é a escola. E tem gente que não gosta de estudar e frequentar um colégio. Talvez a magia esteja se perdendo por falta de incentivo nos lares. Ao menos é o que posso avaliar conhecendo as novas gerações.
     Este texto não precisa ter começo, meio ou fim. Apenas lembranças... E quem quiser, que conte outra.
      · Stéfano Garzezi Cassetari.’.