sexta-feira, 13 de abril de 2012

Ainda sobre os 100 anos da EECA

     “Expoente par sempre positivo, expoente ímpar sinal da base! Expoente par sempre positivo, expoente ímpar sinal da base! Expoente par sempre positivo, expoente ímpar sinal da base!...”. A frase gritada durante vários minutos seguidos, por todos os alunos em plena sala de aula na EECA, ecoava também pelos corredores e chamava a atenção na escola. Como não lembrar de algo tão inusitado?        
     Como não lembrar que o responsável por isso era o professor Moacir Godinho? E como não reconhecer que assim aprendi tanto sobre matemática e nunca esqueci desses ensinamentos?
Eu, que nunca tive competência para desenhar, tive no professor Benedito Vinício Aloise, além de um grande mestre, e exemplo de vida, a figura de alguém que me proporcionou pela única vez na vida sentir-me capaz de fazer desenhos que traziam prazer e sensação de realização pessoal.
     Impossível esquecer também da professora Maria Godinho... Além das lições de sala de aula, deu conselhos de vida que eu carregaria sempre com tanto carinho.
     Sem contar com os exemplos de casa, com pais e irmãos que sempre tiveram forte ligação com a leitura e a escrita, a professora Adelaide foi fundamental na minha definição pelos caminhos profissionais que eu escolheria futuramente, sempre ligado à área de comunicação.
     Nas aulas de educação física com o Zé Galinha, o Zé Varoli, o Chicão, pude praticar as atividades físicas e esportes que sempre tanto gostei.
     Enfim, muitos outros professores marcaram minha vida, sem contar os inúmeros amigos que fiz e felizmente muitos ainda fazem parte da minha vida.
     Outra recordação dessa escola que no ano passado completou 100 anos, envolve a magia que havia em torno do laboratório de ciências... Lá ficava o “Serafim”, nome carinhoso dado a um esqueleto humano. Fiquei ansioso durante muito tempo, até chegar na idade de poder frequentar o laboratório e “conhecer” o nosso “Serafim”. Surgiam histórias e mais histórias, quasee todas inventadas pelos mais velhos, sobre a origem daquele objeto de estudos. Mas isso não importa mais hoje.
      O que realmente importante e faz sentido são as lembranças de cada um sobre esse lugar mágico que é a escola. E tem gente que não gosta de estudar e frequentar um colégio. Talvez a magia esteja se perdendo por falta de incentivo nos lares. Ao menos é o que posso avaliar conhecendo as novas gerações.
     Este texto não precisa ter começo, meio ou fim. Apenas lembranças... E quem quiser, que conte outra.
      · Stéfano Garzezi Cassetari.’.

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